terça-feira, 22 de agosto de 2017

‘Entrei de gaiato”: jogador que atua no Brasil está entre os mais bem pagos do vôlei mundial

Leon é a mais nova arma do vôlei polonês na busca do título olímpico, mundial, junto de nomes, como: Kubiak, Kurek, entre vários outros 
O vôlei mundial a cada temporada se revela como valiosa, em termos de qualidade e quantidade. Atletas se multiplicam em diferentes países, fazem o intercambio de excelência. Em contrapartida, a ilha de Fidel que adota um sistema “tolerância zero” pra quem joga em outro país, a cada dia perde atletas de alto rendimento. Casos, como: Leal, Leon, Simon, entre vários outros, acabam sendo acolhidos por outras federações, adotando uma dupla cidadania. O intercambio de excelência se explica através dos números, de acordo com o site “World Of Volley”.
Confiram:
  1. 1. Wilfredo Leon(Zenit) – 1 400 000 $ (around 1 189 000 €) per season
  2. Earvin Ngapeth(Modena) – 1 350 000 $ (around 1 147 000 €)
  3. Bartosz Kurek(Ziraat Bankasi) – 1 100 000 $ (around 934 300 €)
  4. Simon Robertlandy(Sada Cruzeiro) – 967 000 $ (around 821 300 €)
  5. Dmitry Muserskiy(Belogorie) – 950 000 $ (around 807 000 €)
  6. Aleksandar Atanasijevic(Perugia) – 920 000 $ (around 781 380 €)
  7. Gyorgy Grozer(Lokomotiv Novosibirsk) – 870 000 $ (around 739 000 €)
  8. Matt Anderson(Zenit Kazan) – 850 000 $ (around 722 000 €)
  9. Maxim Mikhailov(Zenit Kazan) – 714 000 $ (around 606,000 €)
  10. Ivan Zaytsev(Perugia) – 620 000 $ (around 527,000 €)
O primeiro da lista, o cubano e atualmente, naturalizado polonês, Leon, mantém um acordo financeiro com a equipe russa do Zenit Kazan, aproximadamente, 4, 4 milhões de reais. O segundo da lista e não menos aclamado é o ponteiro francês Ngapeth., que atualmente defende a equipe do Modena acertou os valores de 4,2 milhões de reais, por temporada.
O cubano que hoje defende o Cruzeiro é pra muitos, surpreendente, sobre os valores que estão sendo investidos, especialmente, jogando no Brasil, cuja moeda é irrisória, comparada ao euro ou dólar. Simon recebe no clube mineiro, 3 milhões por temporada, aproximadamente.
O carrasco da seleção Muserskiv se mantem em seu país, na Russia, jogando pelo Belogorie, nas cifras de 2, 9 milhões de reais, um pouco a mais do destaque sérvio Atanasijevic que defende a equipe italiana do Perugia, 2,8 milhões. Matt Anderson, outro destaque do vôlei mundial, está na lista. O americano se mantém na oitava posição, com os dígitos 2,6 milhões. Zaytsev, umas das referencias da seleção da ‘Azurra’ fecha o ranking Top 10, com os respectivos valores, 1, 9 milhões.
*Todos os valores foram convertidos para a moeda brasileira, o real.

Neymar ganhará mais de 186 vezes, o valor do jogador, mais bem pago do vôlei mundial

Neymar é atualmente o jogador mais caro da história do futebol mundial
Em recente publicação no site “World Of Volley”, foi definido os maiores salários no vôlei masculino, dentre os citados, o cubano e hoje naturalizado polonês, Leon, o francês Ngapeth, o polonês Kurek e o único atleta que atua no vôlei brasileiro, o central cubano Simon, que defende as cores da equipe celeste do Sada Cruzeiro. O detalhe e que pode avaliar; o jogador de voleibol está ganhando bem, em comparação aos atletas de futebol? O site Torcedores.com utilizou como parâmetro, o jogador mais bem pago do futebol na atualidade, o brasileiro Neymar e o atleta de vôlei mais valorizado, o citado Leon. A discrepância é bastante acentuada.
Confiram os números, abaixo:
O oposto Leon, o mais bem avaliado, ganhará defendendo a equipe russa do Zénit Kazan, o valor de 1.189 milhões de euros, equivalentes a 4,399 milhões de reais por temporada. O valor é alto? Depende da ótica de cada esportista. Recentemente, Neymar acertou sua transferência para o PSG (Paris Saint German) nos exorbitantes valores de 222 milhões de euros, aproximadamente, 821 milhões de reais.
As transações em respectivas modalidades distintas, em tempos de contrato, pode se diminuir, mas ainda sob diferenças bastante volúveis, em termos de quantidade. O Neymar recebe por volta de 186 vezes a mais que o jogador, se comparar apenas uma temporada, ou seja, 2017/2018. Em outra projeção, em 2 anos, respectivamente de contrato, o a diferença seria menor, não menos ultrajante,  em 93, 2 milhões de reais, por volta. E finalizando, fazendo a projeção em 4 anos, tem se uma diminuição acentuada dos valores, mesmo assim, o valor de Neymar estaria na casa de 46,4 milhões, dividindo o valor bruto, por temporada de 1 ano.
Leon é hoje uma das referências do vôlei mundial. Desde muito novo despontava na ilha de Fidel, como uma das grandes revelações cubanas
Como no site não detalha os valores de contrato de Leon, estima se que novo jogador do PSG receberá 186,5 vezes a mais que o jogador do Zenit Kazan. Não são levados em questão, salários, prêmios por conquistas, apenas o valor da transação, envolvendo clubes e diferentes modalidades. Esse valor seria por temporada, diluídos em 1, 2 ou até 4 anos, como citadas acima. Os números refletem quantas vezes, em termos de acordos financeiros, um jogador de futebol pode sobrepor a outro. Nesse caso, em especial, no voleibol.
No Brasil foi construída a identidade de um país esportista. Mesmo, o vôlei estando num patamar de muito mais conquistas que o futebol em 30 anos, ainda ocupa o espaço minoritário na mídia esportiva brasileira. Com menos holofote, mas fazendo um trabalho bruto, de competência, luta e dedicação, a cada dia, o vôlei atinge novos números e um espaço cada vez mais cativo na televisão brasileira. Clubes, como Cruzeiro, reconhecidos, anteriormente, no futebol. Hoje, colhem os frutos, sendo a melhor equipe do planeta na atualidade e uma das maiores do Brasil, quiçá, do planeta, de todos os tempos.


domingo, 23 de julho de 2017

Comentarista do SporTV declara sua paixão ao voleibol

Um dos jornalistas mais respeitados da crônica esportiva, o comentarista Maurício Noriega, falou de forma exclusiva para o Portal “Torcedores.com”. Conhecido dos gramados, de forma mais assídua,  Noriega falou de uma paixão, desconhecida do grande público, o gosto pelo o voleibol. O comentarista citou como a União Soviética o fez mudar e ampliar os seus horizontes sobre a modalidade e o esporte, como um todo. O jornalista ainda ressaltou a influência do vôlei em sua vida esportiva, profissional, especialmente, os anos como jogador, carreira, entre vários outros assuntos.

Como surgiu a paixão pelo o voleibol?
Em 1980, a escola em que eu estudava “Nossa Senhora da Consolação”, montou um time de voleibol para disputar os Jogos Mirins de 1981, uma competição muito legal, que reunia todas as escolas de São Paulo. Nosso professor de educação física, o saudoso Antônio Carlos Enge, nos ensinou a jogar voleibol, montou um bom time e ganhamos a competição. No dia da final, no ginásio do Pacaembu, o professor Antônio Martins Filho, o Índio, que era treinador do Paulistano, estava vendo os jogos, buscando jogadores, e nos convidou para treinar no Paulistano. Eu e mais três ou quatro amigos, e também atletas do time vice-campeão que virariam grandes amigos. Assim que eu comecei a gostar do voleibol e a praticar.
Por quanto tempo jogou e quais foram as equipes?
Joguei competitivamente entre 1981 e 1989, mais ou menos, com algumas paradas.
Comecei no Paulistano, depois fui para o Pinheiros, onde acho que joguei meu melhor voleibol e poderia ter ido até à seleção paulista infanto. Mas eu tive hepatite, e o professor Deraldo Wanderley, que tinha sido meu técnico no Paulistano e era, por sua vez, o treinador da seleção, me perguntou quando eu voltaria, porque gostaria de me chamar, mas eu ainda estava me recuperando e nem conseguiria treinar. O último clube em que joguei foi o Banespa, num esquema mais profissional. Com o professor Waldemar Talarico, que saiu do Pinheiros, o Banespa montou seus primeiros times competitivos e saí do Pinheiros para jogar com ele no Banespa. Um esquema já profissional, com salário e tudo. Eu não sou muito alto, mas jogava como atacante de ponta,  tinha uma impulsão excelente e um braço muito rápido, era um atleta muito forte fisicamente e treinava pesado, mesmo sem ser um grande talento. Mas foi ficando difícil, muito treino, mas sem altura era impossível encarar os caras de 1m90, 1m95, os mais altos daquele período. Hoje, esses caras são baixos. Precisava estudar, prestar vestibular, e resolvi parar. Ainda voltei a jogar depois de entrar na faculdade, fiquei uns meses no Banespa, mas já sem muito pique. Tive alguns convites para voltar a jogar, mas sabia que não seria competitivo e resolvi tocar a vida no Jornalismo. Mas devo muito ao voleibol. Tenho até hoje grandes amigos que fiz nas quadras. Joguei contra e com alguns jogadores espetaculares, como o Maurício Lima, Paulo Rogério, Piti, Ricardo Mãozinha. Tive excelentes treinadores, conheci grandes figuras, como o capitão William, Josenildo Carvalho, Zé Roberto, Luizomar Moura. O voleibol é um ambiente muito gostoso.
Como surgiu a oportunidade de trabalhar com futebol?
Eu comecei a trabalhar como jornalista na assessoria de imprensa da Federação Paulista de Basquete. Ainda jogava voleibol, mas já devagar quase parando. Depois consegui um emprego na Folha da Tarde, que atualmente se chama Agora São Paulo. Comecei na editoria de geral, depois fui para a Internacional. Um domingo de plantão, o Fábio Sormani, hoje na Fox Sports, sugeriu ao editor José Roberto Malia, um grande jornalista, que me aproveitasse no esporte. Aí fui ficando e fiz minha carreira. Fui para o Diário Popular, Gazeta Esportiva, Lance, SportsJÁ!, Rádio Bandeirantes e finalmente o SporTV, onde estou desde 2002.

Tem alguma preferência entre vôlei e futebol?
Gosto de esportes. Considero-me um jornalista esportivo, não apenas de futebol. Já cobri Olimpíadas, Pan, Mundiais de vôlei, basquete, Natação, Judô, Fórmula 1, Copa Davis e tudo que se possa imaginar de futebol. Gosto de tudo que envolva jornalismo e esporte e hoje estou mais no futebol, embora tenha trabalhando como apresentador na Olimpíada do Rio.

Plasticamente, o que é mais bonito de ser, o vôlei ou futebol?
São esportes muito diferentes. O voleibol é extremamente tático e coletivo. Não tem jogada individual no vôlei, não dá para sair driblando, ninguém faz nada sozinho. É um esporte desafiador, porque não se pode carregar a bola, que é um instinto natural, meio lúdico. O voleibol exige uma capacidade de observação do adversário muito grande. O futebol é mais simples e direto e também tem uma dose de individualidade muito maior. Ainda que a tática e o coletivo sejam muito importantes. Sozinho, o melhor jogador de voleibol do mundo não vai ganhar um jogo. Ele não pode sacar, passar, levantar e atacar sozinho. No futebol, uma jogada individual desmonta um esquema tático e faz o time mais fraco vencer o mais forte.

A União Soviética realmente foi um marco na vida, como esportista e futuramente, como jornalista?
Aquele time soviético era meio mítico para a minha geração. Eram tempos distintos, de pouca informação, sem TV por assinatura, sem SporTV. Lembro que meu saudoso pai, Luiz Noriega, narrou os jogos de Moscou, em 1980, pela TV Cultura, e falava do time soviético, de Savin, Zaitsev, Moliboga e também de como o Brasil tinha chegado muito perto das semifinais, perdendo para a Iugoslávia um jogo que era para ganhar. Foi um time lendário, que marcou época, como vieram depois a geração de prata do Brasil, William, Xandó, Montanaro, Renan, Bernard, e o time dos EUA com o Karch Kiraly, que para mim foi o maior da historia, Pat Powers, Craig Buck, Steve Timmons. E chega 1992, com o Brasil em Barcelona, também revolucionando com o time do Zé Roberto, com Carlão, Negrão, Maurício, Paulão, Tande, Giovane. Aquele time inaugurou o voleibol moderno, que se joga hoje. O Zé praticamente inventou a posição de oposto. Como jornalista, fui privilegiado por poder ver aquela medalha de ouro em 1992, com um cara em quadra, o Maurício, contra quem joguei no infanto e no juvenil. ‘Cracaço’ de bola, um gênio, um dos maiores levantadores da história e gente da melhor qualidade. No infanto, pela Fonte São Paulo, de Campinas, ele já jogava como se fosse adulto.

Muito obrigado pela entrevista ao colega, grande e respeitado jornalista, Maurício Noriega. Valeu por tudo!


Lipe alfineta Leal em programa de TV e se diz contra os jogadores que se naturalizam para jogar em outros países


O ponteiro Lipe do Sesi São Paulo não titubeou ao falar da chegada de um jogador estrangeiro a seleção brasileira. O jogador campeão olímpico com a seleção brasileira se diz contra ao mecanismo que muitos jogadores estão se articulando, para poder defender outras nacionalidades e com isso, prevê competições ainda mais competitivas sob o aspecto técnico. ‘Chupita’, como é conhecido, disparou contra o jogador cruzeirense Leal, especialmente, o depoimento foi dado nos canais Band Sports, no programa “Roda de Vôlei”.

“Seleção brasileira nunca precisou de estrangeiros. Ele é um jogador excepcional? É. Eu admito, é um ponteiro, como muitos poucos no mundo. Eu, como brasileiro, campeão olímpico, que sentiu toda repercussão do que aconteceu, como apreciador até da história do nosso voleibol, não vejo nenhum estrangeiro atuando e nenhum motivo para isso”, enfatiza o ponteiro.

O jogador do Sesi ainda ressalta que a quantidade e qualidade dos jogadores que têm por aqui apenas por si só já fomenta uma seleção brasileira de altíssimo nível. “Temos Wallace, Bruninho, Lucarelli, não precisamos de estrangeiros. Se é pra perder, que seja com brasileiros. Imagina que estamos tirando o sonho de um garoto, que quer defender a seleção brasileira. Somos tricampeões mundiais, olímpicos, várias Ligas mundiais. Novamente, não precisamos de um estrangeiro”, finaliza.

Após a homologação do processo de naturalização, podendo com isso, defender a ‘amarelinha’, O assunto tão comentado e já formalizado pela FIVB (Federação Internacional de Voleibol), junto ao governo cubano é a chegada de Yohandy Leal, que defende hoje as cores do multi campeão Cruzeiro. Após 2 anos, o atleta que hoje também conta dupla nacionalidade poderá defender a seleção canarinho, possivelmente, em 2018. Caso, o técnico Renan Dal Zotto, o convoque para a posição.

Com o setor repleto de promessas, como Rodriguinho, Lucas Loh, Douglas Souza, entre outros. Leal vem para disputar com os citados e os demais: Lucarelli, Maurício Borges e o autor da polêmica, o jogador do Sesi Lipe. Para a disputa da Superliga, nos bastidores, o clima esquenta e a tendência é de se ver a competição mais disputada nos últimos anos. Alguém tem dúvida do grande jogo que se espera entre Sesi e Cruzeiro? O fósforo já foi riscado e a bomba preparada para mais uma competição de pura ‘nitroglicerina’.

Confiram o depoimento na íntegra do atual ponteiro do Sesi e seleção brasileira:



Opinião: Comunidade do vôlei, em resposta ao bloqueiro do UOL, no polêmico post. “Eu não gosto de vôlei”

O assunto que não sai da boca de jogadores e amantes da modalidade, o polêmico post do blogueiro do UOL, Luís Augusto Simon, conhecido popularmente, como “Menon”. O jornalista acirrou os ânimos de atletas ao comparar o vôlei com o futebol, numa alfinetada ou tentativa de desmerecer o esporte mais vitorioso da história recente do esporte brasileiro e a longevidade de quase 30 anos. Menon, na ocasião tentou argumentos, meramente vazios pra desqualificar o vôlei e fazendo uma comparação meramente esdrúxula, pejorativa, ao citar o Curling (esporte sem qualquer tradição no certame nacional). Após a publicação, a chuva de comentários, e-mails, ora, mais polidos, até xingamentos, por sua vez, por parte de profissionais, fãs e especialistas na modalidade.

A publicação, imediatamente, gerou a repercussão que se esperava. Se a ideia inicial; de fato, foi proposital ou não, conseguiu o êxito de chamar a atenção. Jogadores tarimbados, prestigiados, com o nome reconhecido no mundo pelas conquistas com a seleção, como: Gustavo Endres, Thaísa, Tandara, e recentemente, o craque Giba, o professor e comentarista dos canais Band Sports, Cacá Bizzocchi. Além de vários outros jogadores que se pronunciaram, mostrando sua indignação com o enunciado da matéria.
Em nota oficial de Giba, em sua página oficial, o ídolo da seleção foi enfático sobre o post mal intencionado. “Não gosta de vôlei? Azar seu. Eu gosto. E muito. Amo, aliás. Foi o vôlei que me deu tudo que tenho e ajudou ser quem eu sou. Não sou melhor do que você, autor desse post sem nexo. Sou apenas mais um apaixonado por esse esporte com tantas medalhas, tantos títulos, conquistas, lutando para o vôlei ser cada dia maior e melhor. Minha parte prefiro fazer em silêncio. Escreve daí, que eu faço daqui. Luto e lutarei sempre por todos os envolvidos no vôlei. Acho que minhas 3 medalhas olímpicas podem ajudar! 
A central Thaísa usou da ironia pra argumentar a publicação. “Brogueirinho”. Mais comedido, o comentarista, Cacá Bizzocchi, citado acima, argumentou de forma categórica, tendo inclusive, seu post publicado na íntegra, pelo o próprio blogueiro. Em algumas partes, o especialista, comentou sobre os fundamentos básicos tão citados por Menon, julgados, de forma simplória, com o pressuposto que o vôlei é um esporte mecânico, sem técnica, sem plástica.
“Você considera-o um ‘esporte com princípios muito simples’ e elenca saque, recepção e bloqueio como se fossem os únicos elementos de jogo. Caro Menon, é muito mais que isso. A dinâmica se repete, sim, mas de forma muito mais rica do que a sua economia de palavras faz supor. Ataques, contra-ataques, proteções de ataque, recuperações em acrobacias mirabolantes, bloqueios que fazem o ponto e que amortecem o ataque para novas defesas e contra-ataques fazem uma partida de vôlei ser tão especial e peculiar”, sintetiza o comentarista.
E notório que o vôlei incomoda muita gente. Que os anos de ostracismo, sem o apelo comercial, como injusto pelas campanhas vitoriosas, só mostra que o talento supera tudo. O DNA de cada jogador, de cada jovem, lapidado nas ruas, ‘campinhos de futebol’ que se tornam meras quadras de puro cascalho, ou ‘terra batida’, a raça e vontade de apaixonados pela modalidade, só demonstra que o mundo do futebol tem muito a aprender com o vôlei. Jogadores que por sua vez, mesmo em grandes equipes, vivem as incógnitas, incertezas da carreira, sem os devidos salários astronômicos, mas com o desempenho, que faz Leonel Messi e até Cristiano Ronaldo, como espectadores, admirarem, se inspirarem.
O Brasil do futebol precisa de mais ‘Bernardinhos’, ‘Zés’, pessoas que dignificam o esporte e ensinam para o mundo, como gerir. As medalhas que se empoeiram no armário, mas que tem o brilho eterno da dignidade, competitividade e da gratidão e respeito do esporte que eleva o país a cada ano, mesmo sofrendo a rejeição de outrora da grande mídia que marginaliza os grandes de alma e engrandece os pequenos de dinheiro.

Opinião: 5 jogadoras estrangeiras que poderiam defender a seleção feminina de voleibol


O vôlei feminino ao longo de sua trajetória no certame nacional se mostrou como grande força e referência para o mundo, em termos de talento, capacidade, competitividade. Além do ótimo nível das atletas brasileiras, jogadoras estrangeiras não apenas jogaram como se firmaram como expoentes do esporte ‘Indoor’ mais popular do planeta. Yohandy Leal, o cubano, hoje, naturalizado brasileiro é quase unânime no gosto popular. O nome do cruzeirense ganha força na equipe de Renan Dal Zotto, e provável personagem para o mundial do próximo ano. Qual jogadora estrangeira, você gostaria, vestindo a ‘amarelinha’?
Cristina Pirv, romena, grande ídolo da torcida do Minas Tênis Clube fez grande sucesso. Com a tradicional equipe mineira, Pirv conquistou a Superliga. O titulo nacional de 2001/02 só veio para confirmar o momento de apogeu, o status de excelência. Em ótimo momento, começou a ser ‘ventilado’ o nome da europeia na seleção brasileira. A ‘brasileiridade’ se confirmou após casar com o ídolo do vôlei nacional, o jogador Giba.
Pirv se firmou como grande ídolo da torcida do Minas, na conquista da Superliga 2001/02
Daymí Ramírez, a cubana conhecida pela força, garra e a costumeira provocação, como de praxe. A jogadora de 33 anos, com um legado em disputas de Superliga, principalmente, defendendo as equipes mineiras do Praia Clube e Minas, anteriormente, entra no ranking, especialmente, por representar o vôlei brasileiro, com a sua classe, técnica e vibração. Apesar de ainda não ter conquistado algum título de Superliga, Ramirez fez ótimas campanhas. Desbancando a badalada equipe do Sesi São Paulo levou o Minas a semi em uma das edições da Superliga. Posteriormente, com o Praia chegou até finalíssima, perdendo para imbatível equipe de Bernardinho, o Rio de Janeiro.
Ramirez ficou conhecida no Brasil pela garra, técnica e boas campanhas por equipes mineiras em respectivas Superligas
Destinee Hooker, a americana de 29 anos, tem o DNA do vôlei brasileiro. A conquista pelo Osasco em uma das edições da Superliga desbancando a tão temida equipe do Rio de Janeiro. O titulo foi uma pequena amostra, o seu cartão de visita do que ela pode fazer. Em sua última participação, Hooker não só comandou o Minas, como levou os mineiros a um patamar de excelência, sendo colocado por muitos especialistas, como a segunda força do vôlei nacional.
Hooker, a 'americana mais brasileira'
A emocionante batalha com as cariocas, que teve como retrospecto, uma disputa de tirar o fôlego, com apenas a definição na derradeira partida, por 3 a 2. A derrota para o Rio de Janeiro serviu para mostrar para o mundo, que não está velha, e sim, renovada, como jogadora, mais equilibrada ‘taticamente’ e ‘tecnicamente’. A americana se torna um trunfo ainda maior e um nome que todo brasileiro gostaria de ver na seleção. Hooker renovou contrato e continuará no Camponesa Minas para mais uma temporada.
Mihajlovic foi outra jogadora que fez muito sucesso no vôlei nacional. A servia de 26 anos não sentiu o peso da camisa. Com ótimas atuações foi um dos pilares da Unilever. Mesmo jogando ao lado do técnico mais competitivo do planeta, o multicampeão Bernardo Rezende, mostrou a frieza, o lado calculista e definidor. Brankica, como é conhecida desbravou o país, e mostrou para o mundo o seu nível de voleibol. Com a seleção da Sérvia tem sido uma verdadeira ‘pedra no sapato’ das brasileiras.
Fechando a lista, essa nunca jogou, mas sempre foi o sonho de consumo de vários clubes, jogadores, torcedores e dirigentes. A cubana Mireya Luis, tricampeã olímpica é conhecida até hoje, como um das maiores jogadoras de todos os tempos. Em várias entrevistas, Mireya se mostrou entusiasmada para jogar no Brasil, principalmente, para apagar a imagem ruim de brigas e provocações, diante o clássico que marcou o vôlei mundial entre Brasil e Cuba. Marcia Fú, um ícone do vôlei ‘Brazuca’, em encontro com a adversária cubana se mostrou simpática e ratificou o sentimento amistoso, amigável, após anos de rusgas.
O encontro da paz; Márcia Fú e Mireya, em reconciliação
A década de 90 é lembrada com saudosismo, nos parâmetros de Senna X Prost, Marcia Fú e Mireya Luis, se duelavam. O tricampeonato olímpico e as diversas conquistas colocam Luis, como a jogadora a ser batida e a excelência do talento, da força, da genialidade, de uma jogadora que tinha todos os fundamentos, como uma maquina de destruir, de vencer, dominar, conquistar, aniquilar. Essa foi Alejandrina Mireya Luis Hernández, conhecida e temida, como: ‘Mireya”.





Comentarista do Band Sports responde sobre Leal, seleção brasileira e quem seria o seu preferido para técnico da seleção masculina

Com uma carreira esportiva, profissional e de formação como cidadão, destinada ao vôlei, o comentarista, professor, técnico e ex jogador Cacá Bizzocchi, se apresenta para o mundo. Sua historia com o vôlei personifica uma verdadeira relação de amor, dedicação, profissionalismo e competência. Bizzocchi, em entrevista especial, falou sobre carreira, a nova safra de jogadores, a polêmica envolvendo o colunista Menon do UOL, quem deveria ser o novo técnico da seleção masculina e finalizando, a naturalização de Leal como novo jogador para a seleção de Renan Dal Zotto, após a polêmica declaração de Lipe do Sesi. Esses, entre vários assuntos, foram enfatizados.

Como você conheceu o voleibol?
Na escola, estudei no tempo em que a Educação Física era valorizada e aprendi lá a jogar. Minha família é de esportistas e também tive a oportunidade de assistir e conviver com atletas da modalidade, principalmente Moreno, amigo da família e um dos maiores jogadores do Brasil.
Como virou atleta, posteriormente, técnico?
Fui treinar nas categorias de base do Palmeiras, aos 14 anos. Lá fiquei só treinando, sem nunca ser federado. Por isso virei técnico aos 19 anos. Fui jogar apenas na universidade e depois joguei por dois anos no Círculo Militar de SP já no adulto.
Quando decidiu o momento de parar e se dedicar a parte administrativa? É mais fácil ser técnico ou jogador?
Decidi parar quando vi que não era grande coisa como jogador. Como já estava na faculdade de Educação Física, aproveitei um convite e virei técnico. Deixei de ser técnico quando percebi que não tinha mais o “sangue nos olhos” indispensável à função. Vencer passou a ser um alívio e não uma alegria, aí repensei tudo.
Ser técnico é muito mais difícil, exige dedicação diária e o dia todo. A responsabilidade é enorme e a possibilidade de interferir diretamente no resultado é mínima.
Qual é o maior desafio, como comentarista de vôlei?
Saber escolher as palavras certas e pontuais em todos os momentos. Além da análise instantânea, é preciso ser conciso e claro na comunicação. Não há espaço para rodeios ou indefinições. Outro ponto é saber ser crítico sem ser cruel. Às vezes a vontade é afirmar que este técnico ou aquele jogador fez uma tremenda duma besteira, mas não podemos.
Recentemente, em resposta ao blogueiro Menon do UOL, tu foi bem categórico, em relação a importância da modalidade para o país. Como você o restante da mídia, na valorização do esporte em um grande jornal, site, televisão? Há má intenção ou inveja de alguns que veem que o vôlei está num patamar de excelência, ultrapassando as conquistas do futebol?
Não vejo inveja, não. Vejo a inserção de uma nova modalidade num espaço que era exclusivo do futebol (e continua sendo, de modo geral) e que tem seu nicho, seus experts e uma torcida que se especializa cada vez mais e, por isso, torna-se mais exigente em relação às informações que recebe da mídia.
Nenhuma modalidade competirá com o futebol, nem terá a importância e espaço midiático que ele tem. Mas dentro da diversidade provocada pela expansão da tv a cabo e, principalmente, da internet, a audiência pede espaços exclusivos e profissionais que entendam e respeitem o voleibol.
Existem hoje em dia milhares de crianças, adolescentes, interessadas na prática do vôlei. Com o crescimento, em termos de média de altura na modalidade, tem sido um esporte cada vez maior, feito para gigantes?
O aumento da média de altura no voleibol é consequência de um aumento da média de altura da população mundial e das exigências do esporte a partir de uma evolução tática que vem desde a década de 1980. Para competir com os soviéticos era necessário ter jogadores mais altos, a seleção começou a ser também pela estatura.
A iniciação motora mais precoce com acesso a informações sobre desenvolvimento motor e vivências desde bebê ajudaram a fazer com que os “grandões bobos” virassem “grandões espertos”. Os mais altos chegavam para aprender a jogar com muito mais qualidade motora, e isso impulsionou o aumento da estatura média com qualidade técnica compatível com a necessidade do esporte.
Creio que o vôlei chegou a um ponto que poucos centímetros serão acrescidos à média geral. Temos levantadores de 2m, centrais de 2,12m e ponteiros de 2,10m. Não vejo muito espaço para crescer!
Existe alguma possibilidade de alguém menor, com menos estatura jogar voleibol? Existe um padrão de altura para cada posição? Qual seria?
Deve-se diferenciar o nível internacional do nacional. Jogadores mais baixos ainda terão espaço no voleibol regional, enquanto apenas os mais altos terão oportunidade de defender a seleção. É uma exigência do alto nível internacional. Nada impede alguém mais baixo, no entanto, de jogar recreativamente ou semiprofissionalmente, neste caso, deve-se obedecer ao prazer da prática.
Qual mensagem, você deixaria para o jovem que quer ser jogador?
Se ele gosta de voleibol, que o pratique com muita vontade e disposição. O vôlei é um esporte que constrói o caráter, a cooperação e gera uma convivência amigável e pacífica. Se quiser ser um atleta profissional, tenha certeza de que possui as características físicas e fisiológicas necessárias, melhor um atleta amador feliz do que um pretenso profissional frustrado.
Como você analisa o desempenho da seleção feminina, que está sem algumas das principais jogadoras e em reformulação? Está como você esperava, melhor, ou aquém?
O Brasil passa por um momento de reformulação e de superação. Vem de uma derrota em casa nos Jogos Olímpicos e tem uma nova geração que não é tão talentosa quanto às anteriores. Vai ter mais dificuldade do que em outros ciclos olímpicos, mas com os reforços das mais experientes pode fazer um bom Mundial em 2018. Mas que não se espere aquela constância de pódios e medalhas, pois vai ser um período difícil.
Você aceitaria voltar a treinar alguma equipe?
Só se for para treinar uma seleção ou um clube no exterior, com garantias de continuidade e condições de trabalho adequadas.
Qual o melhor técnico de clubes no masculino? Mereceria uma chance na seleção brasileira?
Atualmente, Marcelo Mendez, do Sada/Cruzeiro. Poderia ter sido escolhido no lugar do Renan dal Zotto, mas acredito que o Renan mostrou um ótimo trabalho na última Liga Mundial.
Recentemente, houve uma polêmica no programa “Roda de Vôlei”, em que o ponteiro do Sesi, Lipe, fez duras críticas sobre a naturalização do cruzeirense Leal. Como você vê a chegada de um jogador vindo de outro país para defender a seleção? O convocaria, estando no lugar de Dal Zotto?
Não é possível ignorar a nova ordem social mundial. Estrangeiro não é mais um termo usual, somos cidadãos do mundo. Leal, naturalizado, é um brasileiro. Negar a igualdade de oportunidade a ele é negar a nova organização universal.
Sou contra fazer como o polo aquático brasileiro fez e como o Qatar vem fazendo, ou seja, montar uma seleção sem identidade nacional nenhuma com atletas que sequer sabem falar o idioma pátrio. Eu o convocaria, sim. Pela qualidade técnica e por ter este direito.
 É com muito prazer e respeito, receber uma grande personalidade do nosso voleibol, o professor, comentarista, ex jogador, Cacá Bizzocchi. Não faltam predicativos pra poder falar de um profissional, com esse gabarito. Muito obrigado pela oportunidade.
 O prazer é meu, Artur. Sempre às ordens. Obrigado pela oportunidade. Abraço. Cacá

Nova safra que já dá grandes frutos para o país.

Nova safra que já dá grandes frutos para o país.
Brasil se torna campeão da Liga Mundial com um time renovado e grandes promessas